24 de janeiro de 1923 marcou a assinatura da Lei Eloy Chaves* (sim, o mesmo que dá nome ao bairro jundiaiense...) criando o fundo de aposentadorias e pensões para os empregados das empresas privadas das estradas de ferro.

Foi essa a pedra fundamental da Previdência Social, que até então atendia apenas os funcionários do governo federal. Nesta data comemoramos o Dia do Aposentado e também o dia da Previdência Social.

A Lei Eloy Chaves estabeleceu os parâmetros que vieram a nortear o sistema previdenciário, trazendo ao trabalhador a segurança de envelhecer com dignidade e alegria.

Nada mais justo que homenagear quem lutou por tanto tempo, produzindo riqueza e participando ativamente da vida econômica e social do país.

Esse é o dia de relembrar histórias de toda uma vida, de "causos" e histórias, lembrar de velhos amigos, dos que ficaram pelo caminho, dos que alimentam amizades de tantos anos...

Dia de provar que ainda há muita vida, força para lutar pela garantia das conquistas. Alegria para compartilhar com as novas gerações a experiência e a memória dos anos vividos.

Dia de homenagear a todos que se permitem sair para pescar, caminhar, visitar amigos e parentes, viajar, ou mesmo ficar sentados em uma cadeira de balanço observando o mundo ao redor.

É o dia de quem merece olhar sossegado tudo o que ajudou a construir ao longo da vida - filhos, netos, casas, praças, parques, avenidas, igrejas, empresas: a história de uma nação.

* DR. ELOY CHAVES

O Dr. Eloy Chaves nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo, em 27 de dezembro de 1875. Diplomou-se em Direito em 1896, pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Aos 20 anos, era Promotor Público em São Roque, transferindo-se, depois, para Jundiaí, onde advogou, fundou o Colégio Santo Antônio e iniciou sua carreira política, elegendo-se vereador. Mais tarde, como Deputado Federal, ocupou postos de relevância, entre os quais o de Presidente da Comissão de Marinha de Guerra. De 1913 a 1918 foi Secretário de Estado dos Negócios da Justiça e Segurança Pública, nos governos do Conselheiro Rodrigues Alves e de Altino Arantes.

Homem lúcido e de espírito empreendedor, teve atuação decisiva no surto de progresso de São Paulo, notadamente de cidades do interior, nas quais deixou a marca de sua capacidade realizadora. Em 1902, com José Teles, Edgar de Sousa e Aguiar de Andrade organizou a Empresa Elétrica de Jundiaí, mais tarde, em 1927, transferida para a Light. Antes disso, em maio de 1912, adquiriu com outros companheiros a Central Elétrica Rio Claro, transformada, de pequena empresa com apenas uma usina, na maior companhia de eletricidade de capital nacional. Impulsionado por sua capacidade de realização, fundaria, em 1944, a Empresa Elétrica de Itapura, que absorveu, dando maiores dimensões, a empresa de Andradina. Com a construção posterior de uma usina na Salto do Itapura, feita com imensos sacrifícios, beneficiou extensa região de São Paulo e de Mato Grosso, em cuja divisa a usina se situava. Com mais de 56 anos de sua fecunda existência dedicados ao setor de eletricidade, Eloy Chaves foi, também, agricultor e pecuarista de idéias avançadas e um dos grandes incentivadores da indústria de cerâmica em São Paulo, como fundador da Cia. Cerâmica Jundiaiense. Faleceu em São Paulo no dia 18 de abril de 1964.