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Alimentação saudável é um dos principais cuidados para o ritmo favorável de envelhecimento

Publicada em 18/07/2022

Alimentação saudável é um dos principais cuidados para o ritmo favorável de envelhecimento

Tudo fica muito mais simples se respeitarmos os hábitos alimentares com receitas que sempre fizeram parte da nossa vida

Com o passar do tempo, o corpo começa a processar os nutrientes de maneira diferente. O lado positivo é que a maturidade possibilita um novo olhar, tanto do que passou quanto para o que está por vir. Avaliar o que é bom para si mesmo, com atenção ao autoconhecimento, tem uma forte relação com hábitos que ajudam a melhorar a qualidade de vida.

 

Ter uma alimentação saudável é muito mais do que balancear o que comemos. Implica muitas vezes em mudanças culturais e emocionais. É com essa abordagem que analisamos como é possível integrar harmonia e saúde nas refeições diárias.

 

Um envelhecimento ativo e saudável deve ser o grande objetivo nesse processo. E a boa alimentação, aliada à atividade física, contribui muito para a qualidade de vida. Existem algumas premissas para se conseguir um estilo de vida saudável e consequentemente um corpo mais eficiente, aproveitando na sua plenitude cada fase, o que inclui também o controle do estresse, o sono suficiente e relacionamentos saudáveis, além da restrição do álcool e tabaco.

 

A nutricionista Adriana Cristina Barbosa, da UGPS (Unidade de Gestão de Promoção da Saúde) da Prefeitura de Jundiaí, ressalta que o grupo da melhor idade, acima de 60 anos, é dotado de peculiaridades que impõem a necessidade de mais atenção e preocupação com a saúde, principalmente no que diz respeito à alimentação, que tão intimamente está associada às morbidades.

 

“Nesta fase do envelhecimento temos uma menor de eficiência do nosso corpo, o que apresenta uma redução na capacidade de absorção de nutrientes. Silenciosamente, essa deficiência pode prejudicar inclusive a nossa autonomia e aumentar a nossa dependência física e mental”, explica. 

 

O lado positivo da maturidade, acrescenta Adriana, é a possibilidade de um olhar mais aprofundado e também mais complacente para nós mesmos. “Somos capazes de melhorar a qualidade de vida ao usarmos nosso autoconhecimento com os anos passados, avaliando o que é bom ou não para si mesmos”.

 

Com essa análise, é importante observar que a alimentação é muito mais que a ingestão de nutrientes. Considerando as dimensões culturais e sociais, tudo fica muito mais simples se respeitarmos os hábitos alimentares com receitas que sempre fizeram parte da nossa vida, pois às vezes é só repaginar com alimentos “vivos”.

 

Adriana faz um alerta sobre a importância de priorizar, no dia a dia, alimentos naturais e minimamente processados. São diversos alimentos que são vendidos como saudáveis, mas são ultraprocessados e devem ser evitados, já que são formulações industriais, geralmente de pequenas partes de alimentos, que nosso corpo não reconhece como alimento, como a lista abaixo:

 

- Salgadinhos, macarrão instantâneo, sopas em pó prontas, batata congelada, embutidos (linguiças, salsicha, presunto, apresuntado, mortadela, salame, peito de peru, paio), bolacha recheada, chocolate, achocolatado, refrigerante, refrescos em pó, sucos prontos para o consumo, sucos à base de soja, bebidas lácteas, iogurtes, gelatina, cereal matinal, sorvete, bolinhos prontos, massas para bolo prontas, empanados de frango, hambúrguer pronto, produtos congelados prontos para o consumo, leite fermentado, molhos prontos, temperos prontos (caldo de legumes, carne e frango, temperos prontos para arroz e feijão). São ricos em açúcar, gordura saturada, gordura trans, sal, corantes, conservantes e aditivos.

 

Guia Alimentar

 

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, uma alimentação saudável deve ser acessível do ponto de vista físico e financeiro, variada, referenciada pela cultura alimentar, harmônica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e segura sanitariamente. Vale a leitura! (confira o link no final da matéria).

 

Adriana reforça que a ideia principal é sempre “descascar mais e desembalar menos”, ou seja, priorizar uma alimentação que tenha sinergia com o organismo, que seja viva. Não dá para acharmos que um suco em pó ou de caixinha pode substituir uma fruta.

 

 

 

Comida de verdade

 

Outra dica importante da nutricionista em relação às boas escolhas, além do consumo de alimentos in natura, é avaliarmos a leitura dos rótulos. A informação nutricional presente nesses produtos é um instrumento fundamental de apoio a escolhas mais saudáveis na hora da compra.

 

“Sempre ouço as pessoas dizerem que não almoçam ou jantam, pois são comidas ‘pesadas’. Se avaliarmos o exemplo a seguir, um prato de comida saudável, cheio de nutrientes e de comida de verdade é menos calórico, com menos carboidrato, gordura ruim e sódio. Os lanchinhos, que estamos acostumados a fazer por não almoçar e jantar adequadamente, nos levam a um aumento de calorias e de consumo de substâncias inadequadas para a saúde”, orienta Adriana.

 

Na montagem do cardápio de todas as refeições, com o café da manhã, almoço, colação e jantar, deve haver harmonia entre os grandes grupos de alimentos, como: carboidratos, gorduras boas e proteínas, além dos micronutrientes como sais minerais e fibras, para não sair comendo o tempo todo bolachinhas, pães etc.

 

“Temos que nos organizar para conseguirmos uma alimentação que será benéfica para essa fase.  A organização desde a compra no supermercado, higienização, pré-preparo e armazenamento, facilita muito o dia a dia e faz com que seja mais fácil montar um cardápio do que ir na despensa e pegar um macarrão instantâneo para comer”, reforça a nutri.

 

O mais importante ao buscar uma rotina planejada na alimentação é nos libertarmos e entendermos que tudo pode, às vezes simplesmente não convém, e que os alimentos não deveriam ser divididos entre “os que podem” e” os que não podem”. Com responsabilidade passamos a comer com mais prazer e sem culpa.

 

“Para completar, mantenha o seu peso dentro de limites saudáveis. Veja no quadro a seguir o seu IMC (Índice de Massa Corporal), que mostra se o peso está adequado para a altura. Para calcular, divida o seu peso, em quilogramas, pela sua altura, elevada ao quadrado.  Se o seu IMC estiver indicando baixo peso ou sobrepeso, procure uma equipe de saúde para receber orientações”, sinaliza Adriana. Segundo o Ministério da Saúde, o valor do IMC menor que 22 é classificado como baixo peso; entre 22 e 27, peso adequado; maior ou igual a 27, sobrepeso.

 

Saber comer, sem passar vontade nem sentir culpa por consumir determinados alimentos considerados vilões, é ter a consciência de que a felicidade é um caminho de mão única, quando a melhor escolha é a dosagem certa, sem limitações ou exageros.

 

 

Fonte de consulta - Guia Alimentar para a População Brasileira:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

 

Foto: Divulgação

 
 

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