Publicada em 12/11/2024
Servidores, membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal do Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (IPREJUN) se reuniram remotamente na tarde desta terça-feira (12), para a apresentação do Estudo de ALM (Asset Liability Management), que servirá como base para a elaboração da política de investimentos do Instituto de 2025.
A gestão de ativos e passivos permite ao Instituto a avaliação das projeções dos riscos atuariais e financeiros. “O IPREJUN é pioneiro e desde 2018 utiliza o método ALM. O resultado é uma carteira bem gerida, que pode ser lapidada diante do cenário econômico atual interno e externo”, comentou o técnico Ronaldo de Oliveira, representante da empresa LDB, responsável pelo estudo.
No que diz respeito a passivo, a mensuração da necessidade de caixa e projeção das reservas matemáticas foram apontadas. E com relação aos ativos, os pontos foram controle de liquidez, acompanhamento de solvência e projeções de retorno da carteira.
Ronaldo apresentou 13 possíveis carteiras da fronteira eficiente de Markowitz e apontou uma delas com os modelos ideias para o Instituto, que atualmente chegou a R$ 3 bi investidos.
O estudo trouxe como diagnóstico sugerido que o IPREJUN aumente a alocação em títulos públicos, diminua a alocação em fundos atrelados a SELIC/CDI, aumente a alocação na renda fixa e reveja limites de alocação mínimos e máximos da política anual de investimentos.
Outro apontamento foi para que o IPREJUN reduza a alocação de fundos de ações. Além disso, levando em conta o momento econômico mundial e a valorização do dólar, outra sugestão foi aumentar a alocação de recursos em fundos no exterior. “O objetivo é otimizar a carteira e buscar um ponto ótimo entre risco e retorno”, comentou, lembrando que, por lei, 75% dos recursos do Instituto deve ser investidos no Brasil.
Sobre os passivos do IPREJUN, o técnico mencionou que eles são positivos até 2033. “Depois, naturalmente, por conta da previsão do fluxo atuarial, existe a previsão de que o Instituto desembolse um valor maior. O modelo analisa o fluxo passivo do Instituto para fazer a proteção desses recursos.”
O diretor do departamento financeiro do IPREJUN, Marcelo Vizioli Rosa, destacou a importância do ALM. “Com ele, temos uma visão mais clara sobre o alinhamento de nossos investimentos com a necessidade de pagamento de benefícios, permitindo uma alocação mais eficiente dos recursos. A cada ano, esse estudo se mostra extremamente valioso, pois os resultados da carteira têm sido altamente eficazes.”
Marcelo frisou ainda que entre as vantagens de utilizar o ALM está a tranquilidade de, na compra de títulos públicos, fazer aquisições mais assertivas mirando o futuro. “Além disso, o estudo pode determinar uma carteira que não vai correr riscos desnecessários nos investimentos para que possamos atingir a meta objetiva. Demonstra qual a melhor alocação dado um risco que desejamos correr.”
MAIS - Para conhecer o estudo completo, clique aqui.
Vale lembrar que o estudo foi disponibilizado para a apreciação dos conselheiros, que farão a deliberação da Política de Investimentos 2025 nas reuniões ordinárias de novembro.