Publicada em 31/08/2023
A geriatra da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) dra. Andreia Pain foi a palestrante desta quarta-feira (30), do Programa Pós-Aposentadoria do Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (IPREJUN).
Ao longo do bate-papo com os segurados, ela lembrou que a percepção sobre a saúde que cada pessoa tem muda de acordo com cada fase da vida. “O conceito do que é saúde é diferente para uma criança, para um jovem e para uma pessoa idosa”, comentou.
A médica listou alguns fatores que definem o que é saúde, como a ausência de doenças, autonomia, independência, viajar, estar com a família e amigos, além de viajar. Outro ponto relevante no qual ela tocou foi a solidão. “A solidão pode reduzir em até 15 anos a expectativa das pessoas.” Além disso, ela destacou que apenas 20% da saúde depende de herança genética e o restante depende do estilo de vida e ambiente no qual a pessoa vive.
A especialista apresentou ao público as chamadas Zonas Azuis, listadas em um livro por Dan Buettner, que há 20 anos estuda a fundo regiões do mundo conhecidas pela longevidade e pela grande quantidade de centenários. O autor destrinchou os hábitos, a configuração social e o ambiente das pessoas mais longevas do mundo.
Segundo ele, as Zonas Azuis são: Loma Linda, na Califórnia (EUA); Península de Nicoya, na Costa Rica; Sardenha, na Itália; Ikaria, na Grécia; e Okinawa, no Japão. “Os moradores dessas regiões têm uma vida ativa, optam por alimentação saudável predominantemente vegetariana e valorizam as relações sociais”, comentou.
Quem marcou presença, gostou do evento. “´Ótima oportunidade para ter conhecimento e cuidar da saúde. Aprendi que temos que nos cuidar mais e buscar a cada dia uma motivação para acordar”, comentou a aposentada Ainda Regina Strutzel da Silva.
Assim como ela, Eliana Cristina Castaldo Curcio também aprovou. “Eu anotei tudo, muita coisa estava meio esquecida e agora vou reforçar.”
Mais - A geriatra mostrou O Poder dos 9, com as lições colhidas pelo autor ao longo da observação dessas populações e são elas:
Mover-se naturalmente com exercícios regulares, como por exemplo uma caminhada na região por onde mora;
Ter um propósito, uma razão para se levantar da cama todas as manhãs;
Manejo do estresse, com atividades para canalizar a energia;
Regra dos 80%, para parar de comer antes de estar 100% saciado;
Comer plantas e reduzir consumo de carne vermelha, embutidos e industrializados;
Tomar uma taça de vinho ao dia: o álcool em pequenas quantidades pode reduzir o estresse e melhorar a saúde do coração
Sensação de pertencimento, com espiritualidade, acreditar em algo, sem querer obrigar ninguém a ter religião;
Prioridade à família: quando se prioriza a família, geralmente há um retorno em forma de cuidado e carinho.
Tribo: erque-se das pessoas certas: conexões sociais profundas estão ligadas à longevidade.
Ao final, a médica indicou o documentário Como Viver até os 100, que está na Netflix.
Além disso, reforçou a indicação do livro Zonas Azuis – A Solução Para Comer e Viver como os Povos mais Saudáveis do Planeta, de Dan Buettner.
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